sexta-feira, 12 de agosto de 2011

SALVE O DIA DOS PAIS

Pintura óleo s/tela - formato: 0,80 x 1,00 mt
Artista plástica - Gené
Quirinópolis, Go



Salve o dia dos pais

Pelo teu sim, meu Pai, obrigada! pelo teu não, também obrigada,
pois para formar gente de bem é preciso dizer não
para os gestos errados que seu filho venha a proceder,
e assim o Pai exerce o seu poder.

A todos os Pais que trabalham de sol a sol,
para trazer o alimento para seus rebentos,
que são sua continuação neste mundo de ilusão,
os Pais investem em seus filhos com estudo sem interesse pessoal,
apenas para ver seus descendentes com nível de vida decente.

Pai, no teu dia e em todos os dias do ano,
nossa gratidão do fundo de nossa alma, com muita emoção,
pois nós aprendemos a caminhar, falar, brincar, obedecer,
dançar e rezar, com você, Pai.
E quem sabe soletrar o ABC do primeiro livro,
a matemática também foi você e mais ninguém.

O Pai do campo tira o sustenta da terra,
com o suor do seu corpo todo molhado pelo calor a judiá-lo,
pela geada a castigá-lo, pelo vento minuano a derrubá-lo,
pela chuva a lhe ensopar, pela peste a matar seu gado
e demais criação a tombar.

Salve o dia dos Pais, esses heróis anônimos que vivem no meio de nós,
a você que assumiu sua paternidade, em todos os rincões,
na eternidade vos esperam aqueles que vos antecederam.
Salve o nosso Pai maior,
Deus Criador, com todo nosso amor.


Emília de Freitas
Porto Alegre - RS


segunda-feira, 1 de agosto de 2011

DIA DE AMANHÃ


DIA DE AMANHÃ

O espiritualismo é vasto, profundo e eclético. Então, o homem tem esse imenso campo para estudá-lo e conhecê-lo. Nada impede a criatura de estudar, todo trabalho e luta são eternos porque o espírito é eternamente ativo, não dorme e nem descansa.

O ser humano eleva o pensamento através do esclarecimento, através da força de vontade, da sua dignidade e do seu valor. Sozinho ou acompanhado, não importa, ele tem forças psíquicas suficientes para saber organizar a sua vida mental.

O espiritualismo ensina e recomenda que seja preciso e se torna necessário que a criatura avance, que aprenda sempre.

Santidades, milagres e predições têm que ser postos de lado, porque eles têm embrutecido as criaturas através dos séculos. O ser humano é senhor de si, portanto, daquilo que quer, daquilo que projeta, e dessa forma ele vai, aos poucos, elevando-se em pensamento, estudando, raciocinando e ponderando, para chegar a conclusões positivas.

Se o seu trabalho não foi concluído, numa ou noutra encarnação, mesmo depois de ser esclarecido, ele tem pela frente grandes lutas e sofrimentos, porque esta é uma lei natural da vida, porque só assim o espírito se conscientiza para um trabalho mais elevado e maior.

Pois, preparem-se para o dia de amanhã, para as futuras encarnações, às novas lutas, novos trabalhos, através do saber e da dignidade, através, portanto, da instrução e da educação.

Jurandir Pereira
Goiânia, 31/07/11

terça-feira, 26 de julho de 2011

O COMPROMISSO COM A INFORMAÇÃO, COM A FORMAÇÃO DE OPINIÕES!


O compromisso com a informação,
com a formação de opiniões!

Alarico Rezende

Hoje quem fala com a sociedade brasileira, com o povo brasileiro, seja por meio do rádio, seja por meio da TV, por meio de jornais, tem que ter, acima de tudo, responsabilidade por essa informação, principalmente com o resultado disso, porque sempre acaba influenciando, seja no comportamento, seja na formação de opinião. O debate de ideias é democrático, é saudável, é construir um conteúdo de forma representativa. Quando apenas se dá uma informação, sem ouvir a parte envolvida, não permitindo a resposta às indagações a respeito de um tema, torna-se um monólogo, além do que com isso estimula-se um prejulgamento, induz a uma opinião parcial.
O comunicador é responsável, diretamente responsável pelo que se divulga, assim como pelas consequências, em vez de informar, acaba desinformando, influencia as pessoas na formação de opiniões. Não pode apenas dizer por dizer, agir na base do tudo pela audiência.
A comunicação é a força da expressão do homem, mas é preciso ter responsabilidade sobre o que se diz. Sensacionalismo nos dias atuais não acrescenta nada, o que acrescenta é pensar no futuro, nas novas gerações, estimular as pessoas a pensar, a ouvir mais para depois comentar um tema, a ter segurança em comentar um assunto, poder falar com propriedade, tendo antes buscado uma informação, pesquisado um assunto, para depois emitir sua opinião. É preciso pensar na cultura, na educação, não apenas dizer palavras ao vento.
Pense nisso e tenha compromisso com o futuro!


ALARICO REZENDE
Diretor de Redação do jornal Brasil Raiz
e da Rádio Brasil Raiz
redacao@brasilraiz.com.br
www.brasilraiz.com.br

sábado, 11 de junho de 2011

RACIOCÍNIO II





RACIOCÍNIO II

Nada é mais sedutor para o homem que a sua liberdade de consciência, embora não se deve aumentá-la, mas apoderar-se dela. Nessa liberdade, em geral, o raciocínio é a operação pela qual o espírito, de duas ou mais relações conhecidas, concluí outra relação que desta decorre logicamente. Sendo as relações expressas pelos juízos, o raciocínio também pode ser definido como a operação que consiste em tirar de dois ou mais juízos outro juízo contido logicamente nos primeiros.

No exercício do raciocínio há de se considerar princípios de lógica, da não contradição, da evidência, da possibilidade, da dependência, da conseqüência, etc. No caso das evidências, tudo o que é tido como falso pode ser verdadeiro em vista de novas evidências, ou, vice-versa, tudo que é tido como verdadeiro pode ser falso, também face às novas evidências. No campo das possibilidades vê-se que nem tudo que é possível é verdadeiro ou certo, porém, há momentos penso que o impossível não tem fronteiras.

Na conclusão de um raciocínio, tão logo se toma uma decisão, isto é, uma ação que é considerada, certa ou errada, fica implícito que existe um padrão de certo e errado que pode ser aplicado em outras situações. Nem sempre. Há muitas situações diferentes em que na maioria das quais se declara ser “verdade” ou “certo” e, o que se conclui é que não há padrão de “verdade absoluta”, mas padrões relativos. Na ação por uma tomada de decisão, ela pode ser sábia ou não sábia, prudente ou imprudente, proveitosa ou não proveitosa.

Na prática do raciocínio, não pode deixar de lado a excelência da lógica, o que possibilita ao espírito a formulação das suas conjecturas em bases firmes, certas, objetivas e reais. Como diz Luiz de Mattos: “A lógica é um atributo que dá a cada espírito, coerência em suas atitudes, congruência na condensação das idéias e ordenação nos pensamentos”.

Jurandir Pereira
Goiânia, 11/05/2011

sábado, 7 de maio de 2011

FELIZ DIA DAS MÃES

Pintura (releitura/fotografia) oléo s/tela - formato: 1,20 x 0,80 cm
Artista plástica Gené


Deus nos enviou um anjo chamado Mãe

A semente germina e nasce o embrião que se transforma em feto,
são nove meses no aconchego de um ventre chamado materno.
Outros nascem do coração, do desejo de procriar do infinito amor.

Deus manda cada criatura em missão e
determina a um anjo chamado MÃE,
que o auxilie nessa nova etapa de vida.
Zelar, cuidar e educar no mais singelo carinho e compreensão,
até que esta criatura possa viver por conta própria.

Mas o anjo tão delicado na sua essência da criação
quer nos tornemos fortes e corramos
para a vida com garra e determinação.

Quer que sejamos águias e possamos voar mais alto
que pudermos até alcançar o infinito em busca de um ninho seguro,
um porto seguro, que possamos encontrar para que sejamos criaturas do bem.
Então encontraremos a fonte inesgotável da vida.

Esse anjo tem um pouco de Maria,
Mãe do Criador.
Este anjo é você, Mãe!

Luiza Maria da Silva Pinto Moura
Belo Jardim - PE

terça-feira, 3 de maio de 2011

RACIOCÍNIO

"O nosso pensamento abrange quanto vemos, sentimos ou compreendemos".

Jurandir Pereira




RACIOCÍNIO

É inconteste que o raciocínio alarga o conhecimento. O processo discursivo do raciocínio, qual obrigatoriamente passa pelo silogismo – um instrumento de descoberta - em que o espírito procura se servir do que conhece para encontrar o que se ignora.


Por milênios o homem tinha como verdade universal, a Terra ser o centro do Universo. No entanto, diante de evidências tornou-se uma afirmação falsa. O mesmo pode-se dizer que algo seja falso ou errado, mas se analisado por outro ângulo torna-se uma verdade. Como se propõe: “o mal existe”, uma verdade incontestável! Se espíritos de hoje pressupõem livrar-se dele (do mal), gerações posteriores de espíritos por ele terão que passar. Por quê? Por que a Inteligência Universal cria eternamente. E o que se pensa sobre isso? O mal e as imperfeições são instrumentos de evolução. Se não houvesse, seríamos todos perfeitos, igualzinho os da criação bíblica. O que não se compreende é por que as opiniões brigam tanto com mal! Isso não quer dizer que estamos a favor dele.


O problema básico é que as pessoas pensam que “certo” e “errado” são termos absolutos; que tudo que não é perfeitamente e completamente certo é totalmente e igualmente errado. Entretanto, pensa-se que não é assim. Certo e errado são conceitos nebulosos, como sempre foram e, talvez ainda serão. Por exemplo: em matemática dois mais dois são quatro. Quem contesta? No entanto, se invertermos, menos dois mais menos dois são menos quatro. Deu na mesma, só inverteu o sinal, mas a operação foi realizada por ângulo contrário. Seria o mesmo que dizer: Coloque-se no lugar do outro e pense.


É indubitável que cometemos muitos erros no raciocinar, mas sempre do ponto de vista lógico: ou erramos raciocinando mal com dados corretos ou raciocinando bem com dados falsos, além de raciocinar mal com dados falsos. Nota-se que existem afirmações de tal forma cristalinas, tão repetidas e consagradas em certos discursos, que dificilmente terão sua falsidade aceita. Eis que, o que pode ser uma afirmação errônea para um, pode ser uma verdade irretorquível para outro. Muitas das vezes, afirmam a mesma coisa com outras palavras. Afirmações muito repetidas podem ganhar um status tal que as pessoas podem nunca ter parado para pensar realmente no porquê de acreditarem nelas.


Tirar uma conclusão com base em evidências insuficientes, julgar todas as coisas de um determinado universo com base numa amostragem pequena, conseqüentemente, o analisador passa por cima de detalhes, fatores e circunstâncias. Assim sendo, ele terá uma conclusão certa para si, embora seja errada para outro.

Jurandir Pereira
Goiânia, 03/05/2011

quinta-feira, 28 de abril de 2011

CHACINA DE REALENGO




CHACINA DE REALENGO

Jurandir Pereira

Antes, compreendamos pelo menos superficialmente o que é civilização Pré-Adâmica. No período da pedra polida a Terra era habitada pelos humanos aqui nascidos e formados desde os seus princípios inteligentes, constituindo tribos em diversas raças, com uma organização social primitiva e uma cultura rudimentar. O problema fundamental daquela sociedade humana, não residia especificamente na satisfação de necessidades instintivas, mas percorreram séculos para intuir o direito ao agasalho, a moradia em cavernas e outras formas de bem-estar. Embrutecidos, com suas armas toscas, brigavam entre si e entre si se devoravam. Os séculos se passavam, estes humanos terrenos muito vagarosamente progrediam. Não formavam cidades e não instituíam valores perenes de civilização. Essas remotas inclinações humanas não são partes de uma natureza constante, mas muitas vezes originavam do processo social que ajudou a formar o instinto do homem através de ações repetitivas de canibalismo e sacrifícios aos deuses: Sol, Lua e outros, das vítimas de seus temores, enfim, a natureza de cada um foi o produto cultural em que a ciência já fez desfilar o seu desenvolvimento histórico.

Nos procedimentos influenciados pelo meio, quem já tem o hábito de seleção, pode exercer sobre o sistema já mencionado, uma função de exame daquilo que se defronta, seja útil ou não, para armazenamento e futuro proveito. Assim se processa a escolha de determinada ação e passa a executá-la na realidade deixando transparecer como cópia de atos expostos por outros, seja oral ou visual. Na urgência da solução de um problema surgido, caso haja insuficiência de exemplo para ser copiado e ainda não dispondo de alguém que lhe auxilie, mergulha no seu arquivo ancestral na tentativa de reproduzir vários conceitos adquiridos que, por meios de dedução consegue montar um desfecho que lhe parece lógico. E, termina por tê-lo igual uma criação inovadora traduzindo-lhe a autoconfiança e passa explorá-lo toda vez que surge caso idêntico, seja de sucesso ou de inclinações más e boas, sempre excluindo resultados de frustração, simplesmente, apagando da memória aquilo que não lhe interessa mais, como se usasse em certos casos, a arma do perdão de si para si desde que não torne tomar atitudes desnecessárias em favor do enriquecimento de hábito inconveniente.

Desses comportamentos, não só os primitivos dispunham, mas, os humanos atuais também incorrem em situações idênticas, justamente por se fazer parte da natureza humana, muitas das vezes, as pessoas se surpreendem com a ocorrência de fatos aparentemente impossíveis de acontecer, e que se dão onde menos se espera. Surgem, então, comentários, os mais diversos, que quase sempre terminam por serem lançados à conta do inexplicável.

Ora, sabemos que nada ocorre sem um motivo, pois não pode haver efeito sem causa. O que acontece é que, às vezes, as causas estão fora do alcance de nossa percepção. Há coisas que nos obriga a investigar um passado que ultrapassa os limites da duração de uma existência material.

Os seres pensantes envoltos na matéria orgânica, quando desencarnam, levam toda a bagagem de hábitos, costumes, boas e más qualidades, rancores e amores, paixões e vícios com os quais conviveram na Terra. O espírito continua o mesmo, igual ao que era aqui. Na dimensão espiritual, são orientados, ajudados a se fortalecerem para vencer suas inferioridades, mas é renascendo na carne que eles têm que mostrar se realmente aprenderam as lições.

Quando chegam de volta à nossa biosfera, ou seja, na matéria densa, trazem a tendência de repetir a vida anterior. É aqui que eles têm, de apresentar sua evolução espiritual, aumentando as boas qualidades e vencendo, ou pelo menos diminuindo, as más propensões. Aqueles que conseguem superar suas inferioridades soa os grandes vencedores, eleva-se para seres de maior categoria, podendo até suplantar as dimensões dos mundos inferiores, partindo em busca de mundos mais felizes.

Infelizmente, a maioria não logra o êxito e muitos, até, voltam a incidir no erro. Eles satisfazem-se nos mesmos vícios, hábitos, paixões e rancores de um passado de experiências infelizes. Em todo o mundo está repleto de notícias, inclusive imagens, de atos de violência selvagem, classificados como casos de difícil explicação. Pessoas de famílias ricas que não sofrem as pressões de necessidades materiais, eles roubam pelo prazer, fanáticos por violência, eles envolvem-se em brigas, participam de gangue e gostam de armas. Todos esses comportamentos estão a um passo tanto de seqüestros como de chacina e outras modalidades criminosas.

Pessoa assim pode-se, pois, deduzir que a causa do problema está enraizada na sua vida passada. Todas as boas e más tendências o acompanharam para a vida atual refletindo os seus atos em prejuízo de si próprio e da sociedade. Esse quadro, como já dissemos, tais pessoas tiveram as chances de se recuperarem e reerguerem de sua inferioridade, mas falharam como repetentes da vida, reincidindo nos mesmos erros.

Das boas qualidades, com certa freqüência ouvimos dizer que estamos vivendo uma nova ordem mundial, de alcance econômico e continental, uniões ainda um pouco receosas, i.e., a globalização. E por conta deste fenômeno, estão desaparecendo muitas das barreiras que limitavam o intercâmbio humano. Entenda-se intercâmbio como interação, comunicação, trocas positivas e negativas, avanços na área do conhecimento tecnológico e científico, etc. Com o auxilio da tecnologia, os meios de comunicação estão mais aprimorados, permitindo que as distâncias sejam vencidas e as pessoas se aproximem, quando não fisicamente, numa interação de informações e troca de conhecimentos. Só que cada pessoa faz-se acompanhar da sua bagagem pessoal, constituída pelo próprio comportamento e pelas ações que a cada dia executa.

Este fenômeno possibilitou, indiretamente, que a grande série de acontecimentos que se verificam diariamente no mundo sejam divulgados em todos os recantos do nosso Planeta. Infelizmente, parece que os monopolistas das comunicações simpatizam apenas com tragédias, pois nos repassa os piores quadros, onde as cenas de violência são representadas pelo colorido forte de palavras exaltadas, que mais parece uma tentativa de enaltecer o que deveria apenas ser lamentado. E, como se isso não bastasse, surge o enorme coro de comentários a se espalhar em todas as direções e nas mais diversas línguas, parecendo uma conscientização coletiva, daqueles que desejam livrar-se do medo, mas que nada fazem para corrigir ou minorar os males acontecidos.

É certo que não devemos ignorar o que acontece em nosso mundo, porém, a divulgação repetitiva dos fatos um fulcro energético em constante atividade, dando força aos pensamentos que recebe e emite daí a necessidade de escolher o alimento que lhe oferecemos. A simples análise demonstra que ainda é muito grande o contingente de seres humanos envolvidos por sentimentos menores, e por isso mesmo somos suscetíveis aos acontecimentos negativos, que sempre causam grande impacto sobre as mentes que ainda não possuem uma forte estrutura moral. Além do mais, sabemos que, à força de repetição, a tendência humana é assimilar o que se divulga e, no caso das ações mais tristes, reforçar a imagem mental desses casos deploráveis.

Solução para tanto problema? Sabemos que é muito difícil. Mas podemos mudar nosso comportamento. Se a comunicação nos informa, saibamos receber a notícia de forma equilibrada. Ajudemos, se estivermos em condições de o fazer; e, se isso não for possível, evitemos divulgar o fato, através do comentário fácil que nada constrói. Mas ainda nos resta um outro recurso. Quando sentimos a angústia nos envolver, penalizados pelas dores dos nossos irmãos, busquemos as forças positivas do Universo, exortando-as em favor dos aflitos e vibrando pelo restabelecimento da paz.

Os problemas da atualidade são sérios, as questões que nos envolvem são profundas e deixam marcas. No entanto, é este o nosso mundo e por ele todos somos responsáveis. Não podemos deixar que a humanidade se acostume com o som e a imagem da negatividade. Será que é tão difícil enaltecer o bem para que sirva de estímulo a novas práticas? As palavras que descrevem as ações humanitárias terão, por acaso, uma musicalidade tão baixa que já não conseguem atingir a audição de quem está acostumado à irritabilidade, à revolta e à desarmonia?

Vamos lembrar que, em questões de cidadania, o nosso dever não termina na porta de entrada da nossa casa. Por isso, trabalhemos por um mundo melhor, dentro do ambiente em que nos movimentamos, tendo comportamento equilibrado e oferecendo bons exemplos através de ações dignas e de respeito a todos os seres humanos e à natureza. Comecemos uma cruzada de modificação comportamental, através de uma postura de compreensão acerca do aprendizado de que ainda somos carentes. Os grandes exemplos estão em vários luminares, nos mestres dos ensinamentos e, neles podemos encontrar ajuda e inspiração; com seus auxílios poderemos amenizar a imagem do sofrimento, visualizando o bem geral que todos devemos perseguir com muita fé e confiança.

Goiânia, abril/2011

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Vídeo - Entrevista

O vídeo apresenta uma entrevista feita pelo jornalista Alarico Rezende, comunicador da Rádio Brasil Raiz, São Paulo - SP, via WEB: www.radiobrasilraiz.com.br, no programa de domingo da "Sala de Visita" ocorrida em 03/04/2011.


No decorrer da fala pode ser visualizado imagens de trabalhos em desenhos e pinturas da artista plástica Gené - Genercy Maria da Costa Moraes.




quarta-feira, 30 de março de 2011

Ações libertadoras


GAZETA DO RACIONALISMO CRISTÃO

Ações libertadoras

Jurandir Pereira

Vida é ação. Onde há ação está o cumprimento do dever. (Luiz de Mattos)



Ação é a palavra de ordem em todo o Universo. O movimento constitui mecanismo que impulsiona a vida em todos os sentidos. De posse dos instrumentos hábeis para disciplinar a vontade, o espírito mantendo o conhecimento de si, fatalmente se autodesperta, percebendo a própria realidade e os objetivos essenciais para desfrutar de uma existência saudável, o que não significa viver sem qualquer aflição ou desafio. Havendo adquirido consciência dos próprios limites, automaticamente eles são ampliados em possibilidades de realização, como também sobre os fenômenos normais que fazem parte de sua trajetória evolutiva.


Dessa fase, o espírito percebe que deve partir para a ação, porquanto o conhecimento sem a experiência vivida no cotidiano carece de valor para significar equilíbrio, por não haver passado pelo teste demonstrativo da sua resistência. Vive-se na Terra, o momento de desvelar o que se encontra oculto. Não que este seja um período pior do que outros que foram ultrapassados. É mesmo caracterizado por muitos resultados advindos do progresso e do desenvolvimento cultural dos seus habitantes, embora ainda permaneçam muitos desastres evolutivos em forma de violência, de desrespeito às leis soberanas da Inteligência Universal, de desequilíbrios em expressões diferentes, mas todos muito graves quão perturbadores.


Acontece que muitos dos acidentes morais que chegam ao conhecimento público e fazem a felicidade de certos jornais escandalosos e da mídia em geral, que com eles se preocupam, assim interessam aos leitores e ouvintes porque são projeções inconscientes do que está gravado no íntimo dos seres, permanecendo ocultos. De certo modo, alguns seres humanos sentem prazer quando detecta uma desgraça alheia, vendo-se refletido no outro, que parecia nobre e bom, no entanto portador das mesmas misérias que ele. Em conseqüência, compraz-se em divulgar o fato, hipocritamente algumas vezes, dando a impressão de lamentá-lo, quando está aplaudindo-se e ampliando a área da informação insalubre, ou simplesmente quando se ergue para agredir em nome da moralidade ou da defesa dos ideais de enobrecimento, assim agindo, irado, porque o outro realizou o que ele gostaria de fazer e não pôde, não teve coragem, as circunstâncias não lhe facultaram.


O comportamento emocional é muito complexo para ser reduzido a padrões que inspirem segurança e estrutura, em razão do processo de evolução de cada ser ao longo das reencarnações, tendo como predominância, em sua natureza, o período multissecular de experiências nas encarnações mais primárias do desenvolvimento e pouco tempo ao acesso à razão, ao discernimento, aos sentimentos mais nobres. As ações, portanto, são o reflexo da fixação das conquistas psicológicas e intelectuais, tornando-se realidades na pauta do comportamento humano e no inter-relacionamento pessoal.


Aos mais instruídos, as suas ações começam usando o instrumento da tolerância para com aqueles que se encontram nos patamares inferiores do processo de crescimento moral, ensejando-lhes aberturas fraternais para sua realização, ao mesmo tempo auxiliando de forma direta na conquista do necessário ao seu crescimento interior e externo. A tolerância real é conquista valiosa, que se transforma em degrau do progresso, porque faculta novas expressões de solidariedade, destacando-se o reconhecimento irrestrito a todo mal que se haja feito, com esquecimento real de qualquer ofensa. Superar esse desafio significa um passo avançado no processo esclarecedor pessoal, que abre campo para outras ações também enobrecedoras.


O ser humano somente se identifica com sua realidade quando age, tornando-se útil, desprendido de bens materiais e das paixões pessoais ainda primitivas. Muitas desgraças que lhe aconteceram são lições de vida, cujos bens morais devem compreender e armazenar. Enfermidades inesperadas, acontecimentos desagradáveis, acusações descabidas são ocorrências que favorecem o enrijecimento do caráter do espírito e que o enobrecem, provendo-o das classes psíquicas mais pesadas onde se encontra, para que se possa, só com auxílio do Astral Superior, movimentar em outras mais elevadas que o aguardam no processo de libertação. Por isso mesmo, nem todo infortúnio deve ser lamentado, senão aceito de modo positivo, porque a Vida sabe o que é necessário para o ser, proporcionando-lhe conforme a sua capacidade de aceitação e oportunidade de experimentação.


Realizado desta maneira, esse ser autodesperto já não pode adiar a sua contribuição em favor do meio social onde vive, passando a agir de maneira infatigável. As suas ações se tornam fator preponderante para o progresso de todos os demais seres, que agora se lhe tornam efetivos irmãos, companheiros da mesma jornada. Sua responsabilidade torna-se expressiva, porquanto, autoconsciente dos compromissos que lhe estão reservados, entende por que se encontra na Terra neste momento e sabe como desincumbir-se dos confrontos e lutas que lhe chegam, preservando valores morais e humanos que lhe são próprios.


Quaisquer conflitos que porventura lhe surjam, agora não constituem mais razão de desequilíbrio ou de perturbação, mas oportunidade de ampliar-lhe a capacidade de entender e de solucionar, de crescer infinitamente, porque o seu futuro é a conquista do si plenamente, superando todos os obstáculos decorrentes das reencarnações passadas com vistas nas propostas desafiadoras do futuro.


Goiania, janeiro 2007

domingo, 20 de março de 2011

Arte Latino-americana

Santa Rosa de Lima: Pintura Cuzqueña - Victor Hugo, 1996


Da esquerda à direita: Genercy, Victor Hugo e sua secretária e Maria das Graças (Superintendente da Cultura)


Arte latino-americana


A produção de Victor Hugo Bravo Romero intitulada “Santa Rosa de Lima” (pintura cusquenha – formato da tela: 1,50 x 1,00 cm), faz parte do meu pequeno acervo particular, adquirida em 1996 na oportunidade de uma exposição do referido artista no Palácio da Cultura Teotônio Vilela em Quirinópolis – Go, onde resido. Victor Hugo Bravo Romero é um artista plástico peruano, professor de Artes e especializado em pintura colonial peruana. Continuador da corrente pictórica conhecida como “Escuela Cuzqueña”, descobriu sua vocação ao iniciar seus estudos numa escola religiosa em Cuzco, onde conviveu com quadros antigos e com a beleza da cidade, centro e capital do Império Inca e hoje o maior centro arqueológico da América. Victor Hugo é membro do Instituto Nacional de Cultura, com sede em Cuzco.

No ano de 1996, quando o conheci, já fazia 12 anos residindo no Brasil e encantando com suas obras, nas quais, seus quadros dão continuidade à cultura Inca que dominou parte do Peru até o século XVIII, onde ocorria uma intensa atividade artística. Os temas do artista são religiosos, sem preconceitos e tendências. Usa a técnica “brocateado”, alto-relevo feito com tinta importada da Europa, mas a maior parte da tinta que ele usa é feita por ele mesmo. As molduras são folheadas a ouro, trabalhadas pelo professor Aldo Campos. Há quadros de Victor Hugo em paredes de diversos países dos cinco continentes e em galerias e museus de todo o mundo. A pintura cusquenha é o resultado da fusão da arte Européia e a milenar arte Inca.


Santa Rosa de Lima, padroeira do Peru e da América do Sul, foi um membro da Ordem Terceira de São Francisco como Terciária dominicana e é a primeira santa das América. Nasceu como Mariana de Jesus Paredes y Flores, em Lima Peru. Tomando o nome de Rosa em 1597 na sua confirmação (diz a lenda que na sua infância sua face teria sido transformada em uma rosa). Ela cuidava de flores e fazia rendas e brocados para se sustentar e ajudar a sua pobre família, mas sempre tinha em foco sua via espiritual. Tornando-se uma dominicana em 1606 ela sofreu duras perseguições de sua família e amigos pela sua recusa em se casar e seus votos de perpetua virgindade. Ao mesmo tempo, ela fez vários atos de mortificação e penitencia dando-se totalmente a Virgem Maria, Jesus e aos Sagrados Sacramentos. Santa Rosa, que foi contemporânea de São Martinho dos Pobres e Santo Toríbio de Mongrovejo, nasceu em Lima, em 1586.


A obra peruana justifica-se a partir da presente citação:


..., é notório que a América latina pode ser comumente incorporada dentro do que se define como cultura ocidental, não menos certo que, quando falamos de arte latino-americana, estabelece-se tal distinção, que destaca maneiras particulares de expressar condições sensíveis, de modos de ser e de idiossincrasias que parecem a distinguir.


..., o patrimônio da arte latino-americana é composto pela mistura entre tradições artísticas locais e a influência estrangeira, os debates entre formas de realização predominantemente figurativas e abstratas ou o reflexo de condições próprias de existência como, por exemplo, as migrações, as lutas políticas e sociais, o status social do urbano ou a recuperação do passado comum (MIRANDA, pp.55 e 56, 2011)

quinta-feira, 10 de março de 2011

A natureza e o homem


GAZETA DO RACIONALISMO CRISTÃO


A natureza e o homem

Jurandir Pereira



O problema ecológico vem a cada dia ocupando um espaço maior em nossas vidas. Isto se manifesta não só pelo surgimento de movimentos em defesa da natureza como também nos anúncios de diversos tipos de mercados, cada vez mais freqüentes, que nos tentam vender um produto chamado de "qualidade de vida". Desta maneira, verifica-se, de um lado cresce uma consciência necessária em torno do problema, de outro, esta tomada de consciência apenas não é suficiente para superar as mazelas da sociedade humana.

Fundamentados na lógica das ideologias, afirmam que a natureza é fonte de beleza e de recursos a serem apropriados e transformados em propriedade privada. Pelo menos a curto prazo a natureza por si só não pode produzir qualquer riqueza em benefício da humanidade. Efetivamente a mediação do homem se faz necessária à produção de bens através do trabalho seja qual for a esfera de ação. Na realidade, muito mais explorado do que a natureza é o trabalho do homem para satisfazer ambições desmedidas de certos semelhantes.

Apenas a capacidade que se demonstra na realização do trabalho não é condição suficiente para completar o processo de alienação – situação resultante dos fatores materiais dominantes da sociedade – do homem em relação à natureza. Em face disso, é necessário que o resultado deste trabalho seja apropriado por todos. E como não há outra forma de se apropriar dos "bens", a não ser apropriando-se também dos meios de produzi-los, a alienação homem-natureza só se completa de fato com a alienação do próprio trabalho. Portanto, indiretamente, o trabalho está imbuído nesse processo de degradação da natureza.

Desde as primeiras aglomerações relatadas pela História, o homem aprendeu a trabalhar e acabou por inaugurar a dominação sobre seu semelhante. Os desdobramentos culminam na fragmentação do próprio trabalhador e na subjetividade que este tem de si: ele não se entende como produtor, mas como força que desenvolve uma determinada atividade. No que diz respeito a sua relação com a natureza, esta permanece como propriedade privada e dissociada dele. É a relação homem-natureza que surge como resultado das relações que permeiam a sociedade, tornando-se condição de reprodução desta.

Assim, a crise ambiental nos leva a colocar em questão a forma como as ideologias em geral regerão o funcionamento da nossa sociedade: gestão dos recursos naturais, os meios de produção, o consumismo, a criação de necessidades, a ciência, a técnica, a distribuição, a alienação. Convém salientar que o conjunto homem-natureza não é privilégio de nenhum modelo de produção. Na verdade, esta dualidade pode ser percebida no tempo e no espaço, dentro de cada período da sociedade humana em que ocorreu a dominação de um ser sobre outro, e na própria história de cada modo de produção anterior aos modelos atuais.

A relação entre homem e o meio existe nas condições concretas do modo de produção a fim de servir a favor do homem. Enquanto exteriorizada do íntimo humano, a natureza não passa de uma abstração cultivada e se destaca por causa do papel de certos padrões de produção. De outra forma, a natureza é sempre uma espécie de discurso momentâneo, cujo conteúdo está sujeito às mesmas transformações que ocorrem através do tempo e alternam a história dos próprios homens e suas sociedades.

Desde o advento da existência humana e de seu desdobramento cultural no processo da evolução, a natureza se apresentou como entidade distinta dos homens. Entre os artifícios produzidos pela cultura está o da natureza que, em cada agrupamento humano ou cada sociedade particular, assume significados diversos que se revelam como leis, teorias e variadas explicações, que os homens reservam para expressar as concepções que têm dos outros integrantes (não humanos) de seus universos.

Enquanto apenas se faz exposições circunspetas, a natureza revela a significação que se busca imprimir ao mundo e sugere o modo de convivência e relacionamento que se pretende para os seres humanos nas relações sociais engendradas na estrutura de classe e nas ideologias inerentes ao modo de supremacia da produção. Por isso, o seu ritmo não é diferente daquele apresentado pelas dinâmicas sociais, pois é nesse ritmo que ocorrem as alterações nas idéias que os homens fazem do mundo.

O homem primitivo imaginava espontaneamente as causas ocultas e as forças invisíveis que controlam a natureza e a sociedade de maneira analógica ao homem. Os animais e os fenômenos naturais eram revestidos dos atributos humanos e assim eram usados. Desta maneira surge em duplo efeito: de um lado a antropomorfização da natureza e, do outro a sobrenaturalização do homem.

Na adoção espontânea das realidades naturais com atributos do homem, este se dota de uma realidade e de um poder sobrenatural. Pode-se dizer até que as coisas naturais sobrevivem independentemente e indiferentes das intervenções humanas, mas o mesmo não acontece com as idéias que fazemos delas, das intervenções. Com essa idéia, o reconhecimento de uma natureza separada do homem não seria possível sem que antes os homens tivessem o seu pensamento domesticado pela necessidade de produzir objetos. Num mundo sem objetos não há natureza e, a rigor, nem sociedade, pois um é a referência do outro.

No padrão em que agrupamentos humanos passam a compor sociedades, cujas relações sociais promovam a desigualdade entre os homens, estabelece-se entre eles relações diferenciadas de poder, pois, sem a espiritualidade, não há outra forma de domesticar os pensamentos no sentido de conduzi-los a produzir o suficiente à sobrevivência sem os excessos, sem a visão de lucros e rendimentos extorsivos. Então a natureza era algo a ser inventado ou a ser revelado como identidade distinta, pois ela tem que ser, de maneira individual, apropriada e consumida, ou seja, o homem contra a natureza.

O aumento da sociedade de classes e seu desdobramento espacial, entre a vida na cidade e a vida no campo, é que abriu o caminho para que, a partir da consolidação da distância social dos homens entre si, estes pudessem ver, pensar e conceituar natureza e sociedade como coisas distintas. Se considerarmos a estreita identificação que há entre a natureza de um lado e o homem metropolitano do outro, não nos será difícil perceber a imposição de novas exigências, ou melhor, a decomposição da realidade em mundos distintos, governados separadamente por forças sociais e naturais.

Resultado do processo de superação de um espaço primitivo, selvagem, acarretará na produção de um número cada vez maior de objetos, estabelecendo uma natureza criada, o que é uma invenção cultural, cuja evidência maior ou menor está diretamente relacionada à intensidade de produção destes objetos que os conteúdos sociais fundados na domesticação e alienação do trabalho favorecem.

O privilégio de classes sociais, a adoção de uma hierarquia de valores, a definição de localidades sociais e a segregação espacial para quem domina ou para quem é dominado, são os principais sintomas do rompimento com o universo primitivo do pensamento selvagem e, da instauração da desigualdade e segregação sociais, apontando a natureza como identidade distinta da identidade do homem, um pensamento incoerente da relação homem-natureza. A separação homem/natureza só se consolidará plenamente quando se elaborarem as teorias que sejam capazes de introduzir no universo mental das pessoas o reconhecimento desta situação. Ou seja, é preciso formular uma explicação para que a visão fragmentada da realidade seja aceita pela sociedade como verdadeira.

A consideração de que a natureza é tudo aquilo que não for produto do homem, isto é, a natureza independe da intervenção humana e tem autonomia de movimento poderá levar a humanidade a um colapso imensurável. Tenho dito, mesmo ocultamente, em artigo nesta página intitulado "Formação da Personalidade sob Influência Mítica", o pensamento grego de que o mundo era o centro do universo ainda influencia nessa separação do homem e a natureza, uma cultura que avançou por séculos caracterizando o seu reconhecimento oficial no período, essa idéia, que do inconsciente coletivo aparece reinante nas mentes de certas autoridades governadoras, exemplificando que nem sempre nomes e renomes em termos físicos estejam à altura de resolver este megaproblema da poluição.

Se libertos das influências míticas ou comprometimentos com a religião, farão com que o mundo natural seja descoberto e tenha sua identidade oficializada e seu lugar reconhecido. Assim, a natureza terá seu percurso livremente em favor do homem revestido de alta espiritualidade, sem os reveses provocados pelas filosofias dogmáticas, principalmente daqueles influenciados pela idéia criacionista. Certamente se escreverá "O Livro da Natureza" que deverá substituir o "livro das escrituras", atirando por terra as considerações de que o homem é um fruto da graça divina e colocado em lugar único do Universo – a Terra.

Em face das exigências da sociedade de produção, as antigas imagens do mundo e de sua natureza terão que ser substituídas. Terão que ser abolidas as restrições culturais para uma nova concepção de natureza, empunhando um novo sistema enquanto há tempo, sem uma violação de comportamento ético humano, sem atos destrutivos contra ela, mas em favor dela e da humanidade.

O rompimento desse mundo obsoleto em favor do novo mundo é uma das razões para essa nova imagem que se dará no fato concreto do estabelecimento de uma fronteira cada vez mais consolidada entre os setores de produção e as forças de trabalho. Mas, para tal, os homens devem se lançar em uma busca alucinante e sem sentido visando uma qualificação profissional para atender as exigências das máquinas e, nessa educação não poderia faltar a matéria principal – a espiritualização.

Enfim, natureza é no fundo um conceito do qual medimos a intensidade da produção de objetos oriundos dela. E é do aprofundamento das desigualdades sociais, que por sua vez depende a quantidade destes objetos. Portanto, quanto mais as sociedades aprimoram os seus esquemas de domínio sobre o natural e desigualdade entre grupos sociais nesses modelos atuais, mais claramente se estabelecerão as diferenças entre um mundo que é natural e outro que é humano, o que é uma realidade e contra isso devemos lutar.

Fontes de estudo:

Sítios de Ecologia
Apocalíptica Ambiental
Racionalismo Cristão
Fevereiro de 2007

segunda-feira, 7 de março de 2011

FELIZ DIA INTERNACIONAL DA MULHER

Pintura óleo s/ tela - formato: 1,30 x 0,90 cm, 2007
Artista plástica Gené - Quirinópolis, Go

Feliz dia Internacional das Mulheres

Mulheres fracas, fortes.

Não importa.

Mulheres mostram que mesmo através da fragilidade.

São fortes o bastante para erguerem sempre a cabeça

Sem desestir, pois sabemos que somos capazes de vencer.

Temos a delicadeza das flores

A força de ser mãe,

O carinho de ser esposa,

Reciprocidade de ser amiga,

A paixão de ser amante,

E o amor por ser mulher!

Somos fêmeas guerreiras, vencedoras,

Somos sempre o tema de um poema

Distribuímos paixão, meiguice, força, carinho, amor.

Somos um pouco de tudo

Calmas, agitadas, lentas!

Vaidosas, charmosas, turbulentas.

Mulheres fortes e lutadoras.

Mulheres conquistadoras

Que amam e querem ser amadas

Elegantes e repletas de inteligência.

Com paciência

O mundo soube conquistar.

Mulheres duras, fracas.

Mulheres de todas as raças

Mulheres guerreiras

Mulheres sem fronteiras

Mulheres... mulheres...

(autor desconhecido)

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Por que sonhamos - Jurandir Pereira

GAZETA RACIONALISMO CRISTÃO

Por que sonhamos

Jurandir Pereira


É importante a compreensão e aplicação no estudo do sono e dos sonhos para melhor conhecer os efeitos desses fenômenos ocorridos em estado de liberdade de espírito. O sono - uma suspensão temporária da atividade perceptiva e motora - concede reparação em todo organismo humano. No sono, seja ele normal ou periódico, o espírito, livre do embaraço material, conforme seu grau evolutivo movimenta-se ou vibra em frequências equivalentes, pois, sempre ligado à inteligência Universal, em consequência é eternamente ativo.

Bem diz Pinheiro Guedes: "O sono é a supressão das funções de relação. Durante o sono o corpo repousa a alma se retempera e pede alento." Neste contexto, entende-se que este alento significa animar-se, bem como, a acepção da palavra retemperar tem o sentido de avigorar o ânimo.

"O espírito não só não dorme, como permanece sempre vibrando, sem necessidade de descanso, porque o cansaço é próprio da matéria e não do espírito." Há necessidade de o espírito estar sempre alerta e vigilante, consciente de que uma Força que trabalha incessantemente, vibrando, atraindo e repelindo.
Nos movimentos vibratórios do espaço imensurável do Universo, em que a Inteligência Universal vibra sem interrupção, acusando permanente ação consciente e constantes demonstrações de vida, agita o espírito a sua força intracular que exprime em todas as atividades. Assim, possibilita-lhe o enriquecimento espiritual enquanto o corpo dorme, seja pelas suas experiências vivenciadas ou pela vontade de evoluir. Já o cansaço é próprio da matéria, espírito algum gostaria de permanecer voluntariamente no corpo, pois, seria um preso se sentisse realizado estando na cela de uma penitenciária.

Desligando-se parcialmente do corpo, o espírito absorve do turbilhão de energias e ondas vibrando incessante, ondas e imagens de sua própria mente, das que vibram na mesma frequência e, se invigilante, absorve também, energias negativas que se cruzam e, com isso, pode desviar-se dos objetivos benéficos de encarnação atual. Aquele que flutua na atmosfera sem se afastar o suficiente do corpo, colhe impressões confusas, estranhas visões e inexplicáveis sonhos quando volta ao corpo.

Sonho é a lembrança dos fatos, dos acontecimentos ocorridos durante o sono. Salvo melhor o juízo, muitos sonhos podem ser reminiscências de episódios de vidas passadas. Propõe-se que através de nosso grau evolutivo determina a qualidade do nossos sonhos. Sob influência de vibrações em frequências diferentes, boas ou más, o espírito procurará ambientes que lhe satisfaça.

Porque não lembramos de todas as atividades durante o sono? Se pudéssemos recordar tudo que se passou, gastaríamos o tempo que dormimos para contar o sonho a alguém ou se não, tentaríamos interpretá-lo, como muitos gostam, tudo desperdício do tempo. Outra impossibilidade seria a conservação das impressões do período de atividade fora da matéria, já que esta é densa com seus mecanismos incapazes para tal, mas nenhuma cena escapa da filmagem que o espírito é capaz de gravar.


Ao retornar à matéria pelo cordão fluídico (acordar), se emoções boas e agradáveis sentimos, porque vivenciamos uma atividade positiva durante o sono. O oposto, se sentimos emoções negativas, porque nos prendemos com certeza à situações de ambientes desfavoráveis. Nesta última, daí a necessidade de apropriar bons hábitos durante a vigília, irradiações antes de dormir para que nos sintonizemos com forças supreiores. Desta feita, indubitável que teremos sonhos construtivos e sono reparador. Portanto, como se diz e publica, que ao mesmo tempo em que o corpo repousa o espírito descansa, ou, que o espírito precisa de descanso tal como o corpo precisa comer e beber, seria contra as leis universais ou puro desconhecimento de causa.

Goiânia, novembro 2009.

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Stand By Me | Playing For Change | Song Around the World




Esta música é simplesmente linda, acompanhem a letra.

Stand By Me (tradução)
John Lennon
Composição: John Lennon

Quando a noite chega
E a terra está escura
E a lua é a única luz que nós veremos
Não, eu não terei medo, não, eu não terei medo
Apenas se você ficar ao meu lado, fique ao meu lado

E querida, querida, fique ao meu lado, oh agora agora fique ao meu lado
Fique ao meu lado, fique ao meu lado

Se o céu no que nós olhamos
Deva explodir e cair
E as montanhas devam se esmigalhar no mar
Eu não chorarei, eu não chorarei, não, eu não derramarei uma lágrima
Apenas se você ficar ao meu lado, fique ao meu lado

E querida, querida, fique ao meu lado, fique ao meu lado
Fique ao meu lado, fique ao meu lado, Fique ao me-eu lado, sim

Quando você estiver em perigo
agora, agora, fique ao meu lado
Oh fique ao meu lado, fique ao meu lado, fique ao meu lado

Querida, querida , fique ao meu lado, fique ao meu lado
Oh fique ao meu lado, fique ao meu lado fique ao meu lado.

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

http://www.racionalismo-cristao.org.br/gazeta/diversos/influencia-mitica.html



Formação da personalidade sob influência mítica

Jurandir Pereira


Os seres humanos, todos são herdeiros naturais de suas experiências transatas. O processo de evolução antropológica permanece impresso nos painéis do inconsciente profundo, no próprio Espírito, que se socializa e desabrocha as expressões psíquicas por intermédio das vivências sucessivas e ininterruptas, o que lhe faculta crescer e adquirir maior soma de valores intelectuais e morais.

Os mitos, dessa forma, encontram-se no bojo da sua formação, não dissociados do seu comportamento atual. Atitudes e realizações, anseios e propostas de variado teor repousam, inconscientes, em mitos que não foram decodificados pela consciência. O temor a Deus, remanescente do pensamento primário, mesmo de forma automática, prossegue conduzindo os indivíduos a processos religiosos sem nenhuma estrutura lógica, em forma instintiva de preservação do Si, para a eventualidade de existir um Ser Superior, Criador do Universo. Como conseqüência dessa atitude, o comportamento social é sempre caracterizado por ameaças, imposições, exigências descabidas e antológicas, disfarçando o medo que lhe permanece dominador nas fibras do sentimento mal direcionado.

Não tendo conseguido superar as impressões infantis que ficaram no íntimo, em forma de atitudes injustificáveis, o indivíduo continua transformando a vida em teatro especial para a vivência dos seus dramas e conflitos interiores, e espera acolhimento da platéia que o cerca. Não se conscientizando da realidade do cotidiano, foge para as paisagens das fábulas que lhe encantaram o período juvenil e aguarda as presenças fantásticas que lhe retiram os fardos opressores do trabalho, do esforço, das conquistas culturais, elegendo-o como privilegiado e semideus. Sua personalidade experimenta deformação constitutiva e apresenta-se com sinais de morbidez.

À medida que o ser desenvolve psicologicamente, os mitos, que nele se encontram em forma arquetípica, sofrem transformações e adaptações aos mecanismos dos diferentes períodos de crescimento e de amadurecimento. As leves construções fantasistas vão sendo substituídas por novas aspirações realistas que se fundem na imaginação, abrindo espaço para um desenvolvimento equilibrado e saudável. Na raiz de muitos comportamentos estranhos, encontram-se mitos não diluídos, comandando o indivíduo que prossegue imaturo. A libertação do mito se torna possível quando o indivíduo se reveste de valor moral e cultural, para enfrentar-se e demitizar-se, resolvendo-se por assumir a sua realidade espiritual.

Inúmeros desses mitos se originaram em ocorrências que não puderam ser comprovadas e passaram à galeria da imaginação, enriquecidos pelos sonhos e aspirações de pessoas e gerações sucessivas, que se encarregaram de dar-lhes vida ora real, em outros momentos com caráter apenas simbólico. Povos e civilizações que teriam existido, a exemplo dos atlantis e dos lemurianos, passaram à galeria dos mitos, alguns dos quais enraizados em diferentes livros sagrados, ao se referirem à criação da criatura humana, à expulsão do paraíso, ao dilúvio, à arca de Noé, à aliança entre a Divindade e o homem, renascendo, mais tarde, nas belas fábulas da Índia, da China, do Tibet, do Japão, nos deuses das grandes civilizações do norte da África e do Oriente Médio, ou, no ocidente, no panteão greco-romano, como surgimento dos deuses-homens e homens-deuses, com paixões e sublimações características, que se transferem de geração em geração até o homem moderno, de alguma forma plasmando-lhe a personalidade.

A existência humana, porém, transcorre num mundo assinalado pelos conflitos, pela competição impiedosa, pelo desrespeito aos valores legítimos do ser, empurrando, naturalmente, as constituições psicológicas mais frágeis para a fantasia, para as fugas ocasionadas da face objetiva da realidade, onde se resguardam e se preservam com a imaginação, estagnando ou retrocedendo emocionalmente ao período infantil. Fobias, insegurança e timidez se exteriorizam nas suas atitudes, que são resultantes da cultura receosa de agressão e descaso pelos aparentemente triunfadores.

A imaginação religiosa tem contribuído para a preservação desses mitos, portadores de dons e graças especiais, que são esparzidos com os seus eleitos ou com aqueles que se fazem eleger, através dos mesmos processos com que na Terra se conquistam os poderosos, tornando os solicitadores sempre dependentes, sem oportunidade de crescimento interior. Nesse caso, estão os gnomos, fadas e anjos, que possuem os ingredientes das imaginações férteis, tornando-os seres especiais, portadores de poder inimaginável e de recursos inesgotáveis, que põem à disposição dos seus aficionados, de todos aqueles que se lhes submetam e prestem culto de adoração. As fantasias desbordam e os excessos seduzem os incautos, que abandonam a lógica da razão para se comprazerem no mercado da ilusão, submetendo-se a imposições que não os engrandecem do ponto de vista psicológico nem cultural.

A posse de uma dessas personificações, que representam imagens arquetípicas das antigas fobias e aspirações, oferece força e poder para o indivíduo superar a má sorte, as dificuldades do dia-a-dia, os sofrimentos, e viver privilegiadamente no grupo social, sem sofrer as injunções naturais do processo de crescimento interior. Estranhável seria se a constatação desse culto quase fetichista se desse apenas entre as pessoas de menores possibilidades culturais. Ele está sempre em todos os seguimentos sociais, e assim se encontra disseminado, porque os espíritos reencarnados, procedem de velhos cultos do pretérito, que ainda permanecem assinalados pelos atavismos impressionáveis do período primitivo do pensamento.

Uma doutrinação espiritualista, na eliminação dos mitos de criação, oferece a visão científica dos fatos, estimulando ao crescimento interior, sem receios nem constrições prejudiciais à razão. A realidade sem crueza, o objetivo sem magia, o subjetivo sem superstição demonstram que a conquista da felicidade, e da harmonia pessoal, depende do esforço que cada qual empreende para ser livre, para aspirar o futuro, a fim de voar, não pela imaginação, mas através dos recursos psíquicos na direção da Inteligência Universal, que nele se desenvolve pouco a pouco.

(Este texto é um resumo fruto de estudos realizados na obra O poder do mito, de Joseph Campbell. Janeiro de 2007)

Jurandir Pereira

"Quirinópolis - Mãos e Olhares Diferentes"


Escritora e organizadora do livro "Quirinópolis - Mãos e Olhares Diferentes" (1832/2010), professora Maria da Felicidade Alves Urzedo

Coral - "Primícia de Goiânia"

Homenagem Honra ao Mérito com a placa "22 de Janeiro"
a esquerda: escritora Maria da Felicidade e o prefeito Gilmar Alves, a direita D. Zélia











Leon Alves Corrêa (prof. na UEG) e Genercy Maria da Costa Moraes

Conduzindo o livro ao som de trombetes do coral "Primícia de Goiânia" na abertura do evento no Palácio da Cultura Teotônio Vilela


"Quirinópolis Mãos e Olhares Diferentes"


História de Quirinópolis contada em 746 páginas


Na noite do último sábado 22/01, quando Quirinópolis completou seu 67º aniversário, o município ganhou um grande presente, o livro "Quirinópolis - Mãos e Olhares Diferentes", obra coordenada pela professora Maria da Felicidade Alves Urzedo e escrita por 129 pessoas. O livro - dividido em 117 capítulos - foi escrito em menos de um ano, graças à dedicação de cada um dos autores.
O prefeito Gilmar Alves disse durante o lançamento do livro, no Palácio da Cultura Teotônio Vilela, que a obra remonta a história de Quirinópolis. "Uma população tem que ter cultura e história, por isso apoiamos desde o início a iniciativa de se escrever o livro. Com ele, as futuras gerações terão a oprtunidade de conhecer mais sobre a nossa história. Por isso, parabenizo a professora Felicidade e a todos os escritores", disse o prefeito.
O ex-prefeito Sodino Vieira de Carvalho, disse que Quirinópolis é orgulho para Goiás. Falou sobre o desenvolvimento do município, lembrando que em 1983 quando assumiu seu primeiro mandato de prefeito, vários filhos da terra tinham que se mudar ou enfrentar viagens para estudar fora. Compreendendo a grandeza do município e a necessidade de dar oportunidade para o filho do trabalhador, foi que construiu a FECLQ, e o Palácio da Cultura Teotônio Vilela, palco dos maiores espetáculos brasileiros. "A cultura preserva a história, enriquece as pessoas e dá oportunidade de mostrar os exemplos de cada um", ressaltou Sodino.
Um dos autores do livro "Quirinópolis - Mãos e Olhares Diferentes" 1832/2010, o advogado Assilvo D'Abadia admitiu que a princípio achava que o projeto não era viável, pois a maioria dos autores não são historiadores, mas aos poucos disse que percebeu que estava enganado e acredita que o livro ficou excelente, uma obra magnífica e de ótimo acabamento. Dr. Assilvo disse que ficou honrado em escrever 5 capítulos da obra.
Também fizeram uso da palavra durante o lançamento do livro: deputado estadual Paulo César Martins; professor Eloy Alves Filho (representando os 129 autores); professora Janete Martins Medeiros (representando a ALESG - Academia de Letras do Extremo Sodoeste Goiano); o desembargador Fausto Moreira Diniz; ex-deputada federal Neide Aparecida.
"Foi uma caminhada longa, durante a qual nunca me faltou apoio. Sempre contei com uma mão amiga no meu ombro, desde 22 de fevereiro de 2010, data de nossa primeira reunião. Pergunto-me às vezes como consegui reunir tanta gente em volta de um mesmo objetivo. A resposta é simples: Deus! Sou grata, não é qualquer um que pode contar com tantas pessoas boas. Todos que trabalharam neste projeto foram éticos, generosos, desprovidos de qualquer maldade, dedicando um pouco de seu tempo à sua cidade, que tanto faz por nós, para que Quirinópolis tenha seu passado resguardado, uma identidade.
Nós, autores, somos desbravadores sim, demos vida aos nossos antepassados que não podem ser esquecidos pelo avanço do desenvolvimento. Nosso reconhecimento ao professor Odir Sagin e á professora Mirian que com seu livro Quirinópolis Histórico deram o primeiro passo para que tivéssemos uma História Oficial.
O nosso livro "Quirinópolis - Mãos e Olhares Diferentes" não nos deixará que as interpéries do tempo apaguem os nomes de nossos pioneiros, visto que sob a forma de livro são protegidos nas bibliotecas e estantes onde se perpetuarão de geração a geração.
Quirinópolis é muita rica em personalidades que fizeram e fazem história e cultura. Para abranger toda a trajetória da cidade são necessárias muitas edições para completar a todos. Um segundo volume com certeza será necessário.
Aos heróis anônimos o nosso reconhecimento e a nossa homenagem a cada um pela participação na edificação de Quirinópolis, patrimônio e riqueza de um povo.
O livro foi escrito por muitas mãos, múltiplos olhares desde os anos de 1832 a 2010, são 179 anos de história, política, economia, religião, cultura, educação, saúde, geografia, transporte, vida de famílias, empresas, órgãos públicos e instituições pioneiras que cristalizam um tempo passado, suporte de caminhada para o futuro politicamente correto, mesmo quando os registros oficiais insistem em esquecer.
Os capítulos estão organizados de forma cronológica e são de plena responsabilidade de cada autor. São seis eixos temáticos. Quanto aos depoimentos como informações são fidedignos, possuidores de valores próprios, falas produzidas por sujeitos que fizeram uso da memória e da palavra para narrarem suas histórias já construídas.
Pode-se dizer que os autores partiram do cruzamento dos indícios tipicamente historiográficos, gráficos, linguísticos e iconográficos, portanto seus textos são construídos em bases simples, mas marcadas por uma psicologia fundamentada, sobretudo na história que se encontra em pleno exercício.
É um trabalho coletivo, sem implicação religiosa, político-partidária, social ou qualquer tipo de discriminação. O objetivo é resgatar a memória coletiva e individual dos artífices de Quirinópolis, bem como homenagear aqueles que contribuíram para o progresso de desenvolvimento do município.
Com certeza este livro contribuirá para que a História de Quirinópolis cruze fronteiras e ocupe no cenário literário brasileiro lugar de destaque.
Mais uma vez meus agradecimentos a meu esposo, filhos, genro, nora, netas, irmãos, familiares, amigos, autores, prefeito Gilmar, Zélia, que desde o início acreditaram em nosso projeto, obrigada por acreditarem em minha pessoa.
À comunidade de Quirinópolis oferecemos este presente, acervo de estudo, de pesquisa, memorial extremamente diversificado do Município de Quirinópolis. Esperamos que ao adqurirem este livro o apreciem, que se identifiquem com os personagens do livro e que nos desculpem por qualquer falha. Sabemos das nossas limitações, mas foi feito com muito carinho e amor, o que poderá ser percebido em todas as páginas. Por isso, insistimos: leiam-no do começo ao fim".

(trecho da fala da professora Maria da Felicidade Alves Urzedo, por ocasião do lançamento do livro "Quirinópolis - Mãos e Olhares Diferentes" (1832/2010).


22 pessoas homenageadas com a Comenda Municipal "22 de Janeiro"

22 pessoas foram homenageadas na noite do último sábado, 22/01, data em que Quirinópolis completou 67 anos de emancipação político-administrativa, com a Comenda Municipal "22 de Janeiro", a honraria concedida pelo Poder Executivo local.

Além dos homenageados com a Comenda "22 de Janeiro", outras 165 pessoas receberam placas de Honra ao Mérito, também pela participação no progresso do município. Estes homenageados foram autores ou pessoas citadas no livro "Quirinópolis - Mãos e Olhares Diferentes" 1832/2010, obra de mais de 700 páginas, um trabalho coordenado pela professora Maria da Felicidade Alves Urzedo, e escrito por 129 autores.



segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

LANÇAMENTO DO LIVRO: "Quirinópolis - Mãos e Olhares Diferentes"

"Quirinópolis - Mãos e Olhares Diferentes" é um livro sobre a história de Quirinópolis escrito por cento e vinte e nove autores tendo como organizadora a escritora Maria da Felicidade Alves Urzedo, por ela fui convidada para escrever um capítulo o qual intitulei "Edificações - Formas de Expressão e Estética". O artigo textual e imagético, perfaz uma sucinta abordagem da arquitetura quirinopolina, ou seja, as formas de construções e moradias como história e cultura. Contém imagens de desenhos em grafite, pastel e aquarela (Gené), além de fotografias de época.

"As edificações são as formas de expressão mais clara de um determinado povo em um momento histórico, as construções rurais e urbanas conferem-lhes a estética como manifestação artística em seus aspectos visuais e suas características desde a forma rudimentar à concepção de progresso. As imposições contemporâneas imbuídas por fatores sócio-culturais e econômicos do município contribuíram para as tranformações nas sucessivas mudanças da atual panorâmica da cidade." (MORAES, Genercy Maria da Costa, 2010).

Constitui no livro outras contribuições minhas, no artigo escrito por Sebastiana de Oliveira Souza onde ela descreve sobre as "Artes Plásticas em Quirinópolis" está inserido a história do meu trabalho como pioneira na construção de uma Escola de Artes - Gené Atelier, além do trabalho como artista plástica e repercussão de minhas obras. Os artigos que fazem destaque sobre a vida e obra dos prefeitos de Quirinópolis desde a emancipação são ilustrados com as imagens da "Galeria dos Notáveis Prefeitos" composta por 24 personalidades confeccionados em desenho de grafite que levam a assinatura da artista plástica Gené e inaugurada em janeiro de 2008 e se encontram em exposição permanente no hal da Prefeitura Municipal. Outra contribuição minha na construção do livro se encontra na "Ilustração da Capa" da qual tive participação na formação do design com algumas imagens de pintura e desenho completadas por fotografias históricas, elaborada pelo arte finalista Alex Braga da Silva sob a orientação e idealização da escritora Maria da Felicidade. Portanto este livro é uma realização conjunta de toda a comunidade quirinopolina, a obra contém mais de 700 páginas em formato A4 e sua 1ª edição foi patrocinada pela Prefeitura Municipal de Quirinópolis.




No dia 22 de janeiro, o dia em que comemora o aniversário de Quirinópolis (67 anos), entre outras comemorações acontecerá o lançamento do livro "Quirinópolis - Mãos e Olhares Diferentes", é uma obra com dignidade, rigor ético e moral que relata a História e Conhecimento, a escritora organizadora Maria da Felicidade Alves Urzedo e o prefeito Gilmar Alves da Silva reconhece e agradece os construtores de Quirinópolis e confere a eles "Comendas e Placas de Honra ao Mérito 22 de Janeiro. Na ocasião serei uma das homenageadas pelos relevantes serviços prestados à comunidade de Quirinópolis.