terça-feira, 3 de maio de 2011

RACIOCÍNIO

"O nosso pensamento abrange quanto vemos, sentimos ou compreendemos".

Jurandir Pereira




RACIOCÍNIO

É inconteste que o raciocínio alarga o conhecimento. O processo discursivo do raciocínio, qual obrigatoriamente passa pelo silogismo – um instrumento de descoberta - em que o espírito procura se servir do que conhece para encontrar o que se ignora.


Por milênios o homem tinha como verdade universal, a Terra ser o centro do Universo. No entanto, diante de evidências tornou-se uma afirmação falsa. O mesmo pode-se dizer que algo seja falso ou errado, mas se analisado por outro ângulo torna-se uma verdade. Como se propõe: “o mal existe”, uma verdade incontestável! Se espíritos de hoje pressupõem livrar-se dele (do mal), gerações posteriores de espíritos por ele terão que passar. Por quê? Por que a Inteligência Universal cria eternamente. E o que se pensa sobre isso? O mal e as imperfeições são instrumentos de evolução. Se não houvesse, seríamos todos perfeitos, igualzinho os da criação bíblica. O que não se compreende é por que as opiniões brigam tanto com mal! Isso não quer dizer que estamos a favor dele.


O problema básico é que as pessoas pensam que “certo” e “errado” são termos absolutos; que tudo que não é perfeitamente e completamente certo é totalmente e igualmente errado. Entretanto, pensa-se que não é assim. Certo e errado são conceitos nebulosos, como sempre foram e, talvez ainda serão. Por exemplo: em matemática dois mais dois são quatro. Quem contesta? No entanto, se invertermos, menos dois mais menos dois são menos quatro. Deu na mesma, só inverteu o sinal, mas a operação foi realizada por ângulo contrário. Seria o mesmo que dizer: Coloque-se no lugar do outro e pense.


É indubitável que cometemos muitos erros no raciocinar, mas sempre do ponto de vista lógico: ou erramos raciocinando mal com dados corretos ou raciocinando bem com dados falsos, além de raciocinar mal com dados falsos. Nota-se que existem afirmações de tal forma cristalinas, tão repetidas e consagradas em certos discursos, que dificilmente terão sua falsidade aceita. Eis que, o que pode ser uma afirmação errônea para um, pode ser uma verdade irretorquível para outro. Muitas das vezes, afirmam a mesma coisa com outras palavras. Afirmações muito repetidas podem ganhar um status tal que as pessoas podem nunca ter parado para pensar realmente no porquê de acreditarem nelas.


Tirar uma conclusão com base em evidências insuficientes, julgar todas as coisas de um determinado universo com base numa amostragem pequena, conseqüentemente, o analisador passa por cima de detalhes, fatores e circunstâncias. Assim sendo, ele terá uma conclusão certa para si, embora seja errada para outro.

Jurandir Pereira
Goiânia, 03/05/2011

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