sábado, 11 de junho de 2011

RACIOCÍNIO II





RACIOCÍNIO II

Nada é mais sedutor para o homem que a sua liberdade de consciência, embora não se deve aumentá-la, mas apoderar-se dela. Nessa liberdade, em geral, o raciocínio é a operação pela qual o espírito, de duas ou mais relações conhecidas, concluí outra relação que desta decorre logicamente. Sendo as relações expressas pelos juízos, o raciocínio também pode ser definido como a operação que consiste em tirar de dois ou mais juízos outro juízo contido logicamente nos primeiros.

No exercício do raciocínio há de se considerar princípios de lógica, da não contradição, da evidência, da possibilidade, da dependência, da conseqüência, etc. No caso das evidências, tudo o que é tido como falso pode ser verdadeiro em vista de novas evidências, ou, vice-versa, tudo que é tido como verdadeiro pode ser falso, também face às novas evidências. No campo das possibilidades vê-se que nem tudo que é possível é verdadeiro ou certo, porém, há momentos penso que o impossível não tem fronteiras.

Na conclusão de um raciocínio, tão logo se toma uma decisão, isto é, uma ação que é considerada, certa ou errada, fica implícito que existe um padrão de certo e errado que pode ser aplicado em outras situações. Nem sempre. Há muitas situações diferentes em que na maioria das quais se declara ser “verdade” ou “certo” e, o que se conclui é que não há padrão de “verdade absoluta”, mas padrões relativos. Na ação por uma tomada de decisão, ela pode ser sábia ou não sábia, prudente ou imprudente, proveitosa ou não proveitosa.

Na prática do raciocínio, não pode deixar de lado a excelência da lógica, o que possibilita ao espírito a formulação das suas conjecturas em bases firmes, certas, objetivas e reais. Como diz Luiz de Mattos: “A lógica é um atributo que dá a cada espírito, coerência em suas atitudes, congruência na condensação das idéias e ordenação nos pensamentos”.

Jurandir Pereira
Goiânia, 11/05/2011