quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

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Formação da personalidade sob influência mítica

Jurandir Pereira


Os seres humanos, todos são herdeiros naturais de suas experiências transatas. O processo de evolução antropológica permanece impresso nos painéis do inconsciente profundo, no próprio Espírito, que se socializa e desabrocha as expressões psíquicas por intermédio das vivências sucessivas e ininterruptas, o que lhe faculta crescer e adquirir maior soma de valores intelectuais e morais.

Os mitos, dessa forma, encontram-se no bojo da sua formação, não dissociados do seu comportamento atual. Atitudes e realizações, anseios e propostas de variado teor repousam, inconscientes, em mitos que não foram decodificados pela consciência. O temor a Deus, remanescente do pensamento primário, mesmo de forma automática, prossegue conduzindo os indivíduos a processos religiosos sem nenhuma estrutura lógica, em forma instintiva de preservação do Si, para a eventualidade de existir um Ser Superior, Criador do Universo. Como conseqüência dessa atitude, o comportamento social é sempre caracterizado por ameaças, imposições, exigências descabidas e antológicas, disfarçando o medo que lhe permanece dominador nas fibras do sentimento mal direcionado.

Não tendo conseguido superar as impressões infantis que ficaram no íntimo, em forma de atitudes injustificáveis, o indivíduo continua transformando a vida em teatro especial para a vivência dos seus dramas e conflitos interiores, e espera acolhimento da platéia que o cerca. Não se conscientizando da realidade do cotidiano, foge para as paisagens das fábulas que lhe encantaram o período juvenil e aguarda as presenças fantásticas que lhe retiram os fardos opressores do trabalho, do esforço, das conquistas culturais, elegendo-o como privilegiado e semideus. Sua personalidade experimenta deformação constitutiva e apresenta-se com sinais de morbidez.

À medida que o ser desenvolve psicologicamente, os mitos, que nele se encontram em forma arquetípica, sofrem transformações e adaptações aos mecanismos dos diferentes períodos de crescimento e de amadurecimento. As leves construções fantasistas vão sendo substituídas por novas aspirações realistas que se fundem na imaginação, abrindo espaço para um desenvolvimento equilibrado e saudável. Na raiz de muitos comportamentos estranhos, encontram-se mitos não diluídos, comandando o indivíduo que prossegue imaturo. A libertação do mito se torna possível quando o indivíduo se reveste de valor moral e cultural, para enfrentar-se e demitizar-se, resolvendo-se por assumir a sua realidade espiritual.

Inúmeros desses mitos se originaram em ocorrências que não puderam ser comprovadas e passaram à galeria da imaginação, enriquecidos pelos sonhos e aspirações de pessoas e gerações sucessivas, que se encarregaram de dar-lhes vida ora real, em outros momentos com caráter apenas simbólico. Povos e civilizações que teriam existido, a exemplo dos atlantis e dos lemurianos, passaram à galeria dos mitos, alguns dos quais enraizados em diferentes livros sagrados, ao se referirem à criação da criatura humana, à expulsão do paraíso, ao dilúvio, à arca de Noé, à aliança entre a Divindade e o homem, renascendo, mais tarde, nas belas fábulas da Índia, da China, do Tibet, do Japão, nos deuses das grandes civilizações do norte da África e do Oriente Médio, ou, no ocidente, no panteão greco-romano, como surgimento dos deuses-homens e homens-deuses, com paixões e sublimações características, que se transferem de geração em geração até o homem moderno, de alguma forma plasmando-lhe a personalidade.

A existência humana, porém, transcorre num mundo assinalado pelos conflitos, pela competição impiedosa, pelo desrespeito aos valores legítimos do ser, empurrando, naturalmente, as constituições psicológicas mais frágeis para a fantasia, para as fugas ocasionadas da face objetiva da realidade, onde se resguardam e se preservam com a imaginação, estagnando ou retrocedendo emocionalmente ao período infantil. Fobias, insegurança e timidez se exteriorizam nas suas atitudes, que são resultantes da cultura receosa de agressão e descaso pelos aparentemente triunfadores.

A imaginação religiosa tem contribuído para a preservação desses mitos, portadores de dons e graças especiais, que são esparzidos com os seus eleitos ou com aqueles que se fazem eleger, através dos mesmos processos com que na Terra se conquistam os poderosos, tornando os solicitadores sempre dependentes, sem oportunidade de crescimento interior. Nesse caso, estão os gnomos, fadas e anjos, que possuem os ingredientes das imaginações férteis, tornando-os seres especiais, portadores de poder inimaginável e de recursos inesgotáveis, que põem à disposição dos seus aficionados, de todos aqueles que se lhes submetam e prestem culto de adoração. As fantasias desbordam e os excessos seduzem os incautos, que abandonam a lógica da razão para se comprazerem no mercado da ilusão, submetendo-se a imposições que não os engrandecem do ponto de vista psicológico nem cultural.

A posse de uma dessas personificações, que representam imagens arquetípicas das antigas fobias e aspirações, oferece força e poder para o indivíduo superar a má sorte, as dificuldades do dia-a-dia, os sofrimentos, e viver privilegiadamente no grupo social, sem sofrer as injunções naturais do processo de crescimento interior. Estranhável seria se a constatação desse culto quase fetichista se desse apenas entre as pessoas de menores possibilidades culturais. Ele está sempre em todos os seguimentos sociais, e assim se encontra disseminado, porque os espíritos reencarnados, procedem de velhos cultos do pretérito, que ainda permanecem assinalados pelos atavismos impressionáveis do período primitivo do pensamento.

Uma doutrinação espiritualista, na eliminação dos mitos de criação, oferece a visão científica dos fatos, estimulando ao crescimento interior, sem receios nem constrições prejudiciais à razão. A realidade sem crueza, o objetivo sem magia, o subjetivo sem superstição demonstram que a conquista da felicidade, e da harmonia pessoal, depende do esforço que cada qual empreende para ser livre, para aspirar o futuro, a fim de voar, não pela imaginação, mas através dos recursos psíquicos na direção da Inteligência Universal, que nele se desenvolve pouco a pouco.

(Este texto é um resumo fruto de estudos realizados na obra O poder do mito, de Joseph Campbell. Janeiro de 2007)

Jurandir Pereira

"Quirinópolis - Mãos e Olhares Diferentes"


Escritora e organizadora do livro "Quirinópolis - Mãos e Olhares Diferentes" (1832/2010), professora Maria da Felicidade Alves Urzedo

Coral - "Primícia de Goiânia"

Homenagem Honra ao Mérito com a placa "22 de Janeiro"
a esquerda: escritora Maria da Felicidade e o prefeito Gilmar Alves, a direita D. Zélia











Leon Alves Corrêa (prof. na UEG) e Genercy Maria da Costa Moraes

Conduzindo o livro ao som de trombetes do coral "Primícia de Goiânia" na abertura do evento no Palácio da Cultura Teotônio Vilela


"Quirinópolis Mãos e Olhares Diferentes"


História de Quirinópolis contada em 746 páginas


Na noite do último sábado 22/01, quando Quirinópolis completou seu 67º aniversário, o município ganhou um grande presente, o livro "Quirinópolis - Mãos e Olhares Diferentes", obra coordenada pela professora Maria da Felicidade Alves Urzedo e escrita por 129 pessoas. O livro - dividido em 117 capítulos - foi escrito em menos de um ano, graças à dedicação de cada um dos autores.
O prefeito Gilmar Alves disse durante o lançamento do livro, no Palácio da Cultura Teotônio Vilela, que a obra remonta a história de Quirinópolis. "Uma população tem que ter cultura e história, por isso apoiamos desde o início a iniciativa de se escrever o livro. Com ele, as futuras gerações terão a oprtunidade de conhecer mais sobre a nossa história. Por isso, parabenizo a professora Felicidade e a todos os escritores", disse o prefeito.
O ex-prefeito Sodino Vieira de Carvalho, disse que Quirinópolis é orgulho para Goiás. Falou sobre o desenvolvimento do município, lembrando que em 1983 quando assumiu seu primeiro mandato de prefeito, vários filhos da terra tinham que se mudar ou enfrentar viagens para estudar fora. Compreendendo a grandeza do município e a necessidade de dar oportunidade para o filho do trabalhador, foi que construiu a FECLQ, e o Palácio da Cultura Teotônio Vilela, palco dos maiores espetáculos brasileiros. "A cultura preserva a história, enriquece as pessoas e dá oportunidade de mostrar os exemplos de cada um", ressaltou Sodino.
Um dos autores do livro "Quirinópolis - Mãos e Olhares Diferentes" 1832/2010, o advogado Assilvo D'Abadia admitiu que a princípio achava que o projeto não era viável, pois a maioria dos autores não são historiadores, mas aos poucos disse que percebeu que estava enganado e acredita que o livro ficou excelente, uma obra magnífica e de ótimo acabamento. Dr. Assilvo disse que ficou honrado em escrever 5 capítulos da obra.
Também fizeram uso da palavra durante o lançamento do livro: deputado estadual Paulo César Martins; professor Eloy Alves Filho (representando os 129 autores); professora Janete Martins Medeiros (representando a ALESG - Academia de Letras do Extremo Sodoeste Goiano); o desembargador Fausto Moreira Diniz; ex-deputada federal Neide Aparecida.
"Foi uma caminhada longa, durante a qual nunca me faltou apoio. Sempre contei com uma mão amiga no meu ombro, desde 22 de fevereiro de 2010, data de nossa primeira reunião. Pergunto-me às vezes como consegui reunir tanta gente em volta de um mesmo objetivo. A resposta é simples: Deus! Sou grata, não é qualquer um que pode contar com tantas pessoas boas. Todos que trabalharam neste projeto foram éticos, generosos, desprovidos de qualquer maldade, dedicando um pouco de seu tempo à sua cidade, que tanto faz por nós, para que Quirinópolis tenha seu passado resguardado, uma identidade.
Nós, autores, somos desbravadores sim, demos vida aos nossos antepassados que não podem ser esquecidos pelo avanço do desenvolvimento. Nosso reconhecimento ao professor Odir Sagin e á professora Mirian que com seu livro Quirinópolis Histórico deram o primeiro passo para que tivéssemos uma História Oficial.
O nosso livro "Quirinópolis - Mãos e Olhares Diferentes" não nos deixará que as interpéries do tempo apaguem os nomes de nossos pioneiros, visto que sob a forma de livro são protegidos nas bibliotecas e estantes onde se perpetuarão de geração a geração.
Quirinópolis é muita rica em personalidades que fizeram e fazem história e cultura. Para abranger toda a trajetória da cidade são necessárias muitas edições para completar a todos. Um segundo volume com certeza será necessário.
Aos heróis anônimos o nosso reconhecimento e a nossa homenagem a cada um pela participação na edificação de Quirinópolis, patrimônio e riqueza de um povo.
O livro foi escrito por muitas mãos, múltiplos olhares desde os anos de 1832 a 2010, são 179 anos de história, política, economia, religião, cultura, educação, saúde, geografia, transporte, vida de famílias, empresas, órgãos públicos e instituições pioneiras que cristalizam um tempo passado, suporte de caminhada para o futuro politicamente correto, mesmo quando os registros oficiais insistem em esquecer.
Os capítulos estão organizados de forma cronológica e são de plena responsabilidade de cada autor. São seis eixos temáticos. Quanto aos depoimentos como informações são fidedignos, possuidores de valores próprios, falas produzidas por sujeitos que fizeram uso da memória e da palavra para narrarem suas histórias já construídas.
Pode-se dizer que os autores partiram do cruzamento dos indícios tipicamente historiográficos, gráficos, linguísticos e iconográficos, portanto seus textos são construídos em bases simples, mas marcadas por uma psicologia fundamentada, sobretudo na história que se encontra em pleno exercício.
É um trabalho coletivo, sem implicação religiosa, político-partidária, social ou qualquer tipo de discriminação. O objetivo é resgatar a memória coletiva e individual dos artífices de Quirinópolis, bem como homenagear aqueles que contribuíram para o progresso de desenvolvimento do município.
Com certeza este livro contribuirá para que a História de Quirinópolis cruze fronteiras e ocupe no cenário literário brasileiro lugar de destaque.
Mais uma vez meus agradecimentos a meu esposo, filhos, genro, nora, netas, irmãos, familiares, amigos, autores, prefeito Gilmar, Zélia, que desde o início acreditaram em nosso projeto, obrigada por acreditarem em minha pessoa.
À comunidade de Quirinópolis oferecemos este presente, acervo de estudo, de pesquisa, memorial extremamente diversificado do Município de Quirinópolis. Esperamos que ao adqurirem este livro o apreciem, que se identifiquem com os personagens do livro e que nos desculpem por qualquer falha. Sabemos das nossas limitações, mas foi feito com muito carinho e amor, o que poderá ser percebido em todas as páginas. Por isso, insistimos: leiam-no do começo ao fim".

(trecho da fala da professora Maria da Felicidade Alves Urzedo, por ocasião do lançamento do livro "Quirinópolis - Mãos e Olhares Diferentes" (1832/2010).


22 pessoas homenageadas com a Comenda Municipal "22 de Janeiro"

22 pessoas foram homenageadas na noite do último sábado, 22/01, data em que Quirinópolis completou 67 anos de emancipação político-administrativa, com a Comenda Municipal "22 de Janeiro", a honraria concedida pelo Poder Executivo local.

Além dos homenageados com a Comenda "22 de Janeiro", outras 165 pessoas receberam placas de Honra ao Mérito, também pela participação no progresso do município. Estes homenageados foram autores ou pessoas citadas no livro "Quirinópolis - Mãos e Olhares Diferentes" 1832/2010, obra de mais de 700 páginas, um trabalho coordenado pela professora Maria da Felicidade Alves Urzedo, e escrito por 129 autores.



segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

LANÇAMENTO DO LIVRO: "Quirinópolis - Mãos e Olhares Diferentes"

"Quirinópolis - Mãos e Olhares Diferentes" é um livro sobre a história de Quirinópolis escrito por cento e vinte e nove autores tendo como organizadora a escritora Maria da Felicidade Alves Urzedo, por ela fui convidada para escrever um capítulo o qual intitulei "Edificações - Formas de Expressão e Estética". O artigo textual e imagético, perfaz uma sucinta abordagem da arquitetura quirinopolina, ou seja, as formas de construções e moradias como história e cultura. Contém imagens de desenhos em grafite, pastel e aquarela (Gené), além de fotografias de época.

"As edificações são as formas de expressão mais clara de um determinado povo em um momento histórico, as construções rurais e urbanas conferem-lhes a estética como manifestação artística em seus aspectos visuais e suas características desde a forma rudimentar à concepção de progresso. As imposições contemporâneas imbuídas por fatores sócio-culturais e econômicos do município contribuíram para as tranformações nas sucessivas mudanças da atual panorâmica da cidade." (MORAES, Genercy Maria da Costa, 2010).

Constitui no livro outras contribuições minhas, no artigo escrito por Sebastiana de Oliveira Souza onde ela descreve sobre as "Artes Plásticas em Quirinópolis" está inserido a história do meu trabalho como pioneira na construção de uma Escola de Artes - Gené Atelier, além do trabalho como artista plástica e repercussão de minhas obras. Os artigos que fazem destaque sobre a vida e obra dos prefeitos de Quirinópolis desde a emancipação são ilustrados com as imagens da "Galeria dos Notáveis Prefeitos" composta por 24 personalidades confeccionados em desenho de grafite que levam a assinatura da artista plástica Gené e inaugurada em janeiro de 2008 e se encontram em exposição permanente no hal da Prefeitura Municipal. Outra contribuição minha na construção do livro se encontra na "Ilustração da Capa" da qual tive participação na formação do design com algumas imagens de pintura e desenho completadas por fotografias históricas, elaborada pelo arte finalista Alex Braga da Silva sob a orientação e idealização da escritora Maria da Felicidade. Portanto este livro é uma realização conjunta de toda a comunidade quirinopolina, a obra contém mais de 700 páginas em formato A4 e sua 1ª edição foi patrocinada pela Prefeitura Municipal de Quirinópolis.




No dia 22 de janeiro, o dia em que comemora o aniversário de Quirinópolis (67 anos), entre outras comemorações acontecerá o lançamento do livro "Quirinópolis - Mãos e Olhares Diferentes", é uma obra com dignidade, rigor ético e moral que relata a História e Conhecimento, a escritora organizadora Maria da Felicidade Alves Urzedo e o prefeito Gilmar Alves da Silva reconhece e agradece os construtores de Quirinópolis e confere a eles "Comendas e Placas de Honra ao Mérito 22 de Janeiro. Na ocasião serei uma das homenageadas pelos relevantes serviços prestados à comunidade de Quirinópolis.